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SETORES DEBATEM TARIFAS AMERICANAS PARA EXPORTAÇÕES

O enquadramento do Brasil no menor nível (10%) das novas tarifas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos abre oportunidade para que Santa Catarina amplie seus embarques tanto aos Estados Unidos quanto a outros mercados, que hoje importam produtos norte-americanos. Essa é a primeira leitura feita pela FIESC – Federação das Indústrias de SC.
“A análise inicial do pacote tarifário do presidente Trump é de que Santa Catarina poderá ampliar embarques aos Estados Unidos, já que concorrentes da nossa indústria no mercado internacional passarão a pagar taxas maiores para entrar no mercado norte-americano”, diz o presidente Mario Cezar de Aguiar.
O presidente do Sindusmobil lembra que o Brasil foi menos impactado do que outros países produtores de móveis. No Vietnã, China e Malásia, que são os maiores exportadores moveleiros aos Estados Unidos, as taxas ficaram bem superiores. “Essa situação pode tornar os produtos brasileiros mais competitivos e gerar oportunidades até de ampliação das vendas aos americanos, que também são nossos principais parceiros internacionais”, avalia Luiz Carlos Pimentel.
O líder do setor, por outro lado, faz um alerta aos reflexos a médio prazo da política protecionista dos Estados Unidos, que está afetando o mercado internacional. “Caso haja aumento de inflação e até recessão no mercado norte-americano, a demanda por produtos pode ser reduzida, causando efeitos negativos. Um deles seria a alta de juros no mercado mundial, o que traz dificuldades de obtenção de crédito pelas indústrias para novos investimentos”, diz Pimentel.

REUNIÃO NA FIESC

Na tarde de 3 de abril, mais de cem indústrias catarinenses dos setores de madeira, papel e celulose, produtos de madeira e móveis tiveram uma reunião híbrida das Câmaras de Comércio Exterior, de Assuntos Legislativos, da Indústria do Mobiliário e da Indústria Florestal da FIESC.
O objetivo era debater as estratégias a serem adotadas para defender os interesses catarinenses nas relações comerciais com os Estados Unidos. O país é um dos principais compradores de produtos de base florestal catarinense, e anunciou uma tarifa base de 10% sobre esses produtos.
Outra preocupação do setor é a abertura de uma investigação sobre o impacto das importações de madeira e seus derivados sobre a segurança dos EUA – um dispositivo criado para defender a segurança nacional norte-americana, a chamada seção 232. A investigação está em andamento, tem um prazo de 270 dias a partir de 13/03 para ser concluída e permite defesa das partes interessadas nos Estados Unidos: importadores, exportadores, varejistas e produtores.

Sindusmobil - Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul

Desde a sua fundação, a Entidade tem como objetivo a conscientização quanto aos direitos do setor moveleiro e da construção, prestando serviços de caráter público e vem há vários anos, participando ativamente do desenvolvimento destes segmentos com ênfase na defesa de interesses comuns e negociações coletivas.

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